Home
>
Artigos

A educação cubana no enfrentamento à desinformação

No artigo, diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ, Álvaro Gomes, aborda a importância da educação cubana para combater as fake news.

O sistema educacional de Cuba é referência internacional. Em apenas dois anos, de 1959, quando a revolução ocorreu, a 1961, o país erradicou o analfabetismo. Depois, o ensino em todos os níveis evoluiu na formação dos mais diversos profissionais, onde as pessoas aprendem a importância dos princípios da ética, solidariedade, justiça social e da soberania nacional. Dessa forma, as mentiras encontram mais dificuldade para se proliferar, embora constituam atualmente um risco para a democracia.
 

Fruto do processo revolucionário, a população adquiriu consciência política de defesa dos valores da revolução e o país já possui legislação que proíbe a proliferação das notícias falsas nos meios de comunicação, incluindo as redes sociais. No Brasil, até o momento, não existe regulamentação para a atuação das Big Techs, chegando ao ponto do bilionário Elon Musk, dono do twitter - X, desafiar a soberania do país, estimulando e permitindo a divulgação de atos criminosos pelas redes sociais.
 

Segundo a autora do livro Cuba Insurgente-Identidade e Educação, Maria do Carmo Leite, a escola cubana desempenha papel fundamental como alicerce dos processos revolucionários, onde os professores, buscaram forjar nas novas gerações, “os ideais da soberania nacional e o rechaço à opressão.”  Dessa forma, Cuba que já enfrentou inúmeras dificuldades durante décadas, inclusive o bloqueio econômico criminoso estadunidense, se mostra disposto a não aceitar o neocolonialismo.
 

As investidas contra o socialismo cubano têm sido intensas, desde o triunfo da revolução em 1959. Logo depois em 17 de abril 1961, agentes da CIA e mercenários exilados nos Estados Unidos, sob a presidência de John Kennedy, tentaram invadir o país, onde em La Batalha de Giron (invasão da Baia dos Porcos) foram fragorosamente derrotados pelo exército revolucionário de Cuba.  Depois do episódio, as investidas continuaram com inúmeras tentativas de desestabilizar o governo cubano, sem êxito. Atualmente, desinformações e notícias falsas espalhadas pela internet se juntam a outras medidas, cujo objetivo é derrotar o socialismo.
 

A sabedoria do povo cubano haverá de superar estas dificuldades, para continuar espalhando exemplos de resistência, solidariedade e justiça social.
 

*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ