Bancos eliminam mais de 6 mil vagas

O setor bancário têm grana a perder de vista. Os números não deixam dúvidas. Nos nove primeiros meses de 2015 os cinco principais banco do país (BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) lucraram R$ 56 bilhões, elevação de 24% ante 2014, quando lucraram R$ 45,2 bilhões. Um recorde, mesmo com o agravamento da crise financeira mundial. Apesar da maré mansa, demitem como nunca.
 
De janeiro da outubro deste ano, foram cortados 6.319 postos de trabalho, de acordo com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), 235 somente no mês passado. Não é só isso. Nas poucas vagas oferecidas, os salários são muito rebaixados. É a política da rotatividade, que descarta o funcionário com remuneração maior e contrata outro com salário bem menor. 
 
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) revela que os admitidos em outubro ganham, em média, 66% do que os demitidos no mesmo mês. No acumulado do ano, a remuneração dos contratados representa 56% da dos desligados.
 
A discriminação de gênero também segue forte. O salário das mulheres contratadas entre janeiro e outubro corresponde a 81% do que recebem os homens admitidos no mesmo período. Se for analisado apenas o mês de outubro, o salário das admitidas representa 71% do que ganham os contratados.