Selic em 14,25% impede o crescimento

A manutenção da taxa básica de juros em 14,25% é uma barreira para a retomada do crescimento e, consequentemente, piora a distribuição de renda do país. Da indústria ao comércio, os impactos da Selic alta são muitos.
 
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), como sempre, prejudica, e muito, os trabalhadores. Somente o mercado financeiro ganha. O cenário representa maior transferência de recursos do orçamento do governo para o pagamento dos juros da dívida pública.
 
A estimativa é de que a dívida consuma R$ 1 trilhão dos cofres públicos e cerca de R$ 25 bilhões vão parar nos cofres dos bancos, detentores de um quarto dos títulos do débito público federal.
 
Não é só isso. As organizações financeiras também se aproveitam da Selic alta para elevar ainda mais as taxas de juros cobradas aos consumidores. O Sindicato dos Bancários da Bahia mais uma vez alerta que a atual política econômica não é a solução para a crise. 
 
Para o Brasil voltar a crescer, é preciso distribuir melhor a renda e taxar as grandes fortunas. Não dá mais para o trabalhador pagar a conta.