Cheque especial na casa dos 300,8%

Vêm a galope as consequências da manutenção da elevada taxa básica de juros, mantida em 14,25% desde setembro de 2015. Com a taxa elencada entre as maiores do mundo, os bancos se sentem confortáveis para arrancar o dinheiro dos correntistas com a cobrança de taxas elevadíssimas, a exemplo do cheque especial na casa dos 300%.
 
Em março, por exemplo, a modalidade subiu 6,9 pontos percentuais e alcançou os 300,8%. Só não foi pior do que o rotativo do cartão de crédito, que atingiu a marca recorde de 449,1% ao ano. 
 
Pior é que nem mesmo a Selic é desculpa para tantos aumentos. Nem sequer a inadimplência. Segundo o Banco Central, o calote ficou estável, em 6,2%, e crescimento de apenas 0,1 p.p em relação às empresas, o que resultou na taxa de 4,9%.