Porta está aberta para as privatizações

Os projetos do presidente interino, Michel Temer, e do presidente do Senado, Renan Calheiros, Ponte para o Futuro e Agenda Brasil, respectivamente, reafirmam que é tempo de retrocesso no país. Com bases em políticas neoliberais, algumas medidas abrem caminhos para o aumento da desigualdade social, afetando em cheio os direitos trabalhistas.
 
Uma das mais preocupantes, principalmente para os trabalhadores, é a Medida Provisória 727, que retoma o processo de desestatização da economia ao entregar as empresas estatais para iniciativas privadas. Todas as instituições controladas pela União podem ser objetos de privatização. 
 
O fato coloca em risco as condições de trabalho e o emprego de muitos trabalhadores. Há ainda a ideia de construir um braço privado dentro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para estruturar os projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) para que possam, depois, serem financiados pela parte do banco que ainda convêm que seja público, posto que lhe oferece crédito subsidiado. O que antes era apenas anunciado, hoje se consolida como parte do golpe. O Brasil começa a padecer.