Juro do cheque especial segue salgado

O consumidor que recorre ao cheque especial sabe o quanto os juros da modalidade pesam no bolso. De abril para maio, a taxa subiu 2,6 pontos e chegou ao 311,3% ao ano. Em 12 meses, o índice já aumentou 79,3 pontos percentuais. Os dados são do Banco Central.
 
O rotativo do cartão de crédito, quando o cliente não paga o valor integral da fatura, não deixa barato, literalmente. Em maio, a taxa de juros ficou em 471,3% ao ano, avanço de 18,9 pontos percentuais em relação a abril. Em 12 meses, a elevação foi de 111 pontos percentuais.
 
Já a taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, teve retração de 1,5 ponto percentual para 148,9% ao ano.
 
O saldo de todas as operações de crédito concedidas pelos bancos teve alta de 0,1% em maio e somou R$ 3,144 trilhões. O valor equivale a 52,4% do PIB (Produto Interno Bruto). 
 
A redução dos juros e tarifas bancárias, que garantem uma receita gorda para o setor bancário, deve integrar a pauta de reivindicações da categoria durante a campanha salarial. As empresas lucram com as cobranças, mas não investem em mão de obra e estrutura para atender os clientes.