Transformações no sistema financeiro

Créditos da foto: Jailton Garcia

Créditos da foto: Jailton Garcia

De acordo com a Constituição Federal, o sistema financeiro nacional deve promover o desenvolvimento equilibrado do país e servir aos interesses da coletividade. Mas, para o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP, Ladislau Dowbor, o que se vê é justamento o contrário. 
 
Durante o Seminário Sistema Financeiro e Sociedade, que acontece nesta sexta-feira (29/07), em São Paulo, o economista afirmou que o sistema de intermediação financeira trava os quatros motores da economia: as exportações, as demandas das famílias, investimentos empresariais e estatais.
 
Para Dowbor, os juros altos cobrados pelos bancos dificultam o acesso ao crédito pelos empresários. “As taxas de juros são surrealistas. Enquanto na Europa os juros do crediário chegam a 13% ao ano, no Brasil é de 105% ao ano". 
 
Também palestrante do evento, o economista e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, fez uma análise do mercado financeiro mundial. Para ele, o capitalismo criou uma grande riqueza com um custo ecológico enorme e uma perda humana irreparável. 
 
Belluzzo acredita que, diante da derrocada do sistema econômico, a discussão atual gira em torno da redução da jornada de trabalho, da criação de uma renda básica de sobrevivência para as pessoas e a redefinição das relações sociais e econômicas. 
 
O seminário antecede a 18ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, que ocorre até domingo (31/07), em São Paulo.