Bancos cortam 1.112 vagas em julho

O mês de julho passou e junto com ele, veio a navalha dos bancos, que eliminaram 1.112 postos de trabalho em todo o país. No acumulado do ano, o número de cortes no setor mais lucrativo da economia chega a 7.897.
 
Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) comprovam que as demissões ocorrem para reduzir custos e aumentar os lucros bilionários. Os bancários contratados ganham, em média, 55% do que recebiam os desligados.
 
Por falar em lucratividade, esta sim, está inabalada. Só no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos em operação no país (BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) obtiveram ganho de quase R$ 30 bilhões. 
 
Somente a Caixa extinguiu 445 vagas em julho. A adesão ao PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria) e a falta de contratação são os principais fatores para a redução brusca. 
 
Desigualdade
A pesquisa do Caged mostra ainda que a desigualdade de gênero continua. As 6.327 mulheres contratadas pelo sistema financeiro entre janeiro e julho de 2016 recebem, em média, R$ 3.048,07. Já os 6.307 homens ingressaram nos bancos com salário médio de R$ 4.248,75.