Comando orienta rejeição da proposta

O setor mais lucrativo da economia nacional continua a desrespeitar bancários e população. Os bancos chamaram duas negociações nesta semana, mas seguem irredutíveis. Querem um novo modelo de acordo, com validade de dois anos. Mantiveram o reajuste de 7% para os salários e benefícios mais abono de R$ 3,5 mil.
 
Para 2017, oferecem a recomposição da inflação mais 0,5% de aumento real. O discurso é duríssimo. As empresas, que no primeiro semestre obtiveram lucro líquido de R$ 29,7 bilhões, não aceitam repor o INPC, de 9,62% entre setembro de 2015 e agosto de 2016.
 
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta, por considerá-la insuficiente e reiteira a necessidade de ganho real. Desta forma, a orientação é de realização de assembleia na segunda-feira (03/10) em todo o país, para rejeição. Também permanece a disposição, caso a Fenaban queira negociar. 
 
Vale atentar que o posicionamento da Federação Nacional dos Bancos durante a décima negociação, nesta quarta-feira (28/09), em São Paulo, é bem condizente com o atual cenário nacional, de perdas para os trabalhadores.
 
A campanha salarial dos bancários é a primeira desde o golpe e mostra para as demais categorias o que deve vir daqui para frente. Anos difíceis, que vão exigir luta, inclusive nas ruas, para evitar as perdas que o governo Temer quer promover. Diga-se de passagem, a ofensiva neoliberal é bem pior do que nos governos de Fernando Henrique Cardoso.