Na Caixa, hoje o aniversário é sem festa

Nesta quinta-feira, 12 de janeiro, aniversário de 156 anos da Caixa, os empregados marcam a data com luta. A mobilização é por melhores condições de trabalho, em defesa da manutenção do banco 100% público, fim dos descomissionamentos arbitrários e do caixa-minuto, além da retomada das contratações.
 
O clima da instituição financeira é de descontentamento e insegurança. A direção da empresa tem tomado uma série de medidas que visam esvaziar e enfraquecer o banco, fundamental para o desenvolvimento do país. Além do anúncio do PDV (Programa de Demissão Voluntária), cujo objetivo é reduzir o quadro em até 10 funcionários, há rumores de que a Caixa pretende lançar mais um PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria). 
 
O que se vê é um enxugamento drástico da mão de obra. Em apenas um ano, o número de bancários caiu de 100,3 mil para 97 mil. A situação foi agravada com os PAAs realizados em 2016. O resultado é uma sobrecarga absurda dos funcionários, que têm de se adequar à realidade, uma carteira de clientes enorme para um quantitativo pequeno de empregados. 
 
A Caixa, que já nasceu com o papel social, já que os escravos depositavam os recursos na poupança para comprar alforria, sofre um duro ataque. A desculpa do governo é aumentar a eficiência da empresa e economizar R$ 1,5 bilhão a partir de 2018. Na verdade, o objetivo é abrir caminho para justificar uma posterior privatização.