Bancos cortam 8,5 mil postos de trabalho

O lucro dos bancos segue em curva ascendente. Em três meses, o balanço passou dos R$ 15 bilhões. O mesmo não pode se dizer do número de bancários para prestar atendimento à população. Entre janeiro e abril foram cortados 8.536 postos de trabalho, alta de 87,5% ante o mesmo período de 2016.

Motivo para demitir não há. Mesmo assim, as empresas eliminam vagas e precarizam o atendimento. Quem precisa utilizar os serviços bancários percebe a mudança nitidamente, sobretudo nos bancos públicos. 

A Caixa, por exemplo, desligou 4.440 empregados e contratou apenas 120, saldo negativo de 4.320 postos de trabalho. A redução drástica se deve ao PDVE (Plano de Demissões Voluntárias Extraordinário), lançado às vésperas de a empresa iniciar o atendimento às pessoas com contas inativas no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Ainda, de acordo com os dados, a maior parte das demissões ocorreu com bancários acima dos 25 anos de idade e se concentra na faixa entre 50 e 64 anos. Para essa parcela, a redução foi de 6.132 vagas. As informações são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).