Públicos, essenciais para agricultura familiar

Os bancos públicos são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da agricultura familiar e o consequente barateamento dos preços dos alimentos no Brasil. Segundo o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste representam 70% do total de financiamentos para a agricultura familiar brasileira, além de contribuírem para a manutenção de 12 milhões de empregos no país. 

Isso ocorre porque os públicos trabalham com taxas bem menores do que as cobradas no mercado. Enquanto nas instituições federais, os juros variam de 2,5% a 5,5% ao ano, nos bancos privados, que não colaboram com o Pronaf, os percentuais sobem para 70%.

A conclusão que se chega é a de que, se o projeto neoliberal de Michel Temer, que promove o sucateamento das instituições públicas em favorecimento da privatização e dos bancos privados concorrentes, realmente continuar, o alimento que chegará à mesa dos trabalhadores vai encarecer muito mais, já que os juros, inevitavelmente, serão passados ao consumidor final. Imagine o drama.