Protesto por respeito à Caixa e ao Brasil

"A nossa sensação é de morte anunciada". A declaração da empregada da Caixa Idenice Santana, corresponde ao sentimento de milhares de bancários por todo país ao analisarem o desmonte dos bancos públicos, promovido pelo governo Temer.

Em protesto realizado nesta quarta-feira (09/08), no Edifício 2 de Julho, era mesmo visível a indignação diante da atual política da empresa. A Caixa continua com o plano de reestruturação, que prevê a redução das gerências de filiais que cuidam do FGTS, as GIFUG, onde trabalha Idenice Santana. "É clara a intenção de privatizar", diz.

Durante a manifestação, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, ressaltou de que o sucateamento é fruto da estratégia neoliberal do governo Temer. "O objetivo é de reduzir a estrutura. Faz parte do programa neoliberal. Nós precisamos construir uma frente ampla e corajosa em defesa da Caixa".

Quem mais sofre com as medidas é o trabalhador. Guilherme Carvalho atesta, emocionado, que o ambiente é cada dia mais adoecedor. "É revoltante. Nós chegamos para trabalhar sem estímulo porque a cada dia vem uma bomba pior. Estou com picos de pressão altíssimos, que eu nunca tive. Em 12 anos de banco, esse é o pior momento que vivo".