Bancos cortam 10.680 vagas no semestre

Mais um semestre de cortes nos bancos. Diferentemente do lucro, que a cada semestre eleva, entre janeiro e junho foi mais de R$ 31,7 bilhões, o número de postos de trabalho tem caído consideravelmente. No período, foram eliminadas 10.680 vagas, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). 

Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil fecharam 5.857 empregos. Já a Caixa, sozinha, extinguiu 4.543 vagas, consequência do PDVE. O Plano de Desligamento Voluntário Extraordinário é parte do processo de reestruturação que, na verdade, nada mais é do que o desmonte das empresas para privatização.  

Sobre o perfil dos desligados, os dados revelam que os trabalhadores entre 50 e 64 anos foram o principais alvos e representaram 7.903 do total de dispensas. Com mais tempo dedicado ao trabalho e maiores salários, os bancários se sentem praticamente obrigados a deixarem as empresas. Quando ocorre a reposição, entram funcionários com salários bem menores.

Com a nova legislação trabalhista e liberação da terceirização, a tendência, em todas as categorias de trabalhadores, é de um cenário ruim nos próximos anos. O contexto exige unidade e apoio nas entidades representativas, para evitar perdas.

Desigualdade

A desigualdade de gênero se perpetua nos bancos. Segundo o Caged, as 11.963 mulheres que foram desligadas no primeiro semestre ganhavam, em média, R$ 6.449,22. O valor corresponde a apenas 78,4% do que receberam os 11.757 homens desligados no mesmo período. Diferença injustificável de mais de 20% (21,6%). 

 

Leia mais em:
reforma trabalhista libera demissoes.html