Temer empurra 2,7 milhões para a pobreza

A agenda retrógrada, imposta pelo governo Temer, prejudica, sobretudo, a população mais pobre, justamente a que mais precisa. De acordo com pesquisa da LCA Consultores nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de pessoas que ganha menos do que um salário mínimo subiu em 2,75 milhões e atingiu 18,7 milhões de pessoas.


No segundo semestre deste ano, a proporção de pessoas com renda inferior ao mínimo nacional, que está em R$ 937,00 em 2017, estava em 20,7% do total de empregados. Em 2015, o percentual era de 17,7%.


Os números do levantamento reafirmam os dados apresentados no relatório “A distância que nos une: um retrato da desigualdade brasileira”, da Oxfam. Segundo o documento, no Brasil, somente seis pessoas possuem riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres. Os 5% mais ricos detêm uma fatia de renda equivalente àquela dos outros 95%. 


Os números mostram que o Brasil amarga a posição de um dos países mais desiguais do mundo. Há muito dinheiro concentrado nas mãos de poucos. Pior. As perspectivas não são das melhores. O Banco Mundial estima que até o final de 2017, sejam 3,6 milhões a mais de pobres. Com o projeto neoliberal de Temer, a situação do país não tende a melhorar.