Participante do Não Saldado prejudicado

O equacionamento do déficit do REG/Replan Não Saldado referente a 2015 continua sendo um prejuízo para os participantes da Funcef (Fundo de Pensão dos Empregados da Caixa). O desequilíbrio cresce, enquanto a Fundação, a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e a Caixa prorrogam a solução.

A parcela de R$ 929,4 milhões objeto do plano de equacionamento aprovado no fim do ano passado foi atualizada e chega a R$ 1,087 bilhão. Um aumento de 17%, o que significa mais R$ 158,1 milhões que serão cobrados nas contribuições extraordinárias.

Apenas a Caixa ganha com a demora e os participantes são prejudicados. Metade do valor acumulado será de responsabilidade deles, segundo o princípio da paridade. Aproximadamente, mais R$ 79 milhões devem ser descontados ao longo dos 237 meses previstos no plano de equacionamento. Ou seja, cada um dos 6 mil participantes do Não Saldado teria de contribuir com mais R$ 55,00 por mês.

O TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) proposto pela Previc em junho e assinado pela diretoria da Funcef no mesmo mês tem como um dos pontos o argumento do fim da paridade para fins de equacionamento no Não Saldado. O documento pode oferecer danos irreversíveis aos trabalhadores. 

A Comissão Executiva dos Empregados considera a proposta apresentada pela Previc e acatada pela Funcef uma verdadeira ameaça ao fundo de pensão. Caso não seja revertido o fim da paridade, o Sindicato dos Bancários da Bahia ingressará na Justiça. “Vamos defender os trabalhadores contra mais este ataque”, afirma o presidente da entidade, Augusto Vasconcelos.