Mudança na Previdência beneficia bancos

O governo faz articulações e até ameaças para conseguir votar a reforma da Previdência na próxima semana. Se aprovada, a medida transforma as aposentadorias em mercadorias, favorecendo apenas os bancos, de olho na expansão dos negócios com os planos de previdência privada. A ofensiva, inclusive, já começou.

Enquanto pressiona parlamentares, Temer tenta ganhar apoio da opinião pública com o falso discurso de que a Previdência Social é deficitária. Mas, as contas do sistema de Seguridade Social, que englobam os gastos com saúde, aposentadorias e assistência social, não registram prejuízos. Segundo a Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), em 2015, houve superávit de R$ 11 bilhões.

Para alertar a população, as centrais sindicais, inclusive a CTB, organizam uma contraofensiva à reforma da Previdência. Uma reunião, nesta sexta-feira (08/12), deve definir as estratégias. "Michel Temer e Rodrigo Maia utilizam dos expedientes mais espúrios para aprovar mais uma profunda maldade contra o nosso povo. Agora, mais que nunca, devemos apostar na unidade", destaca o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo.

É sempre bom lembrar que a reforma estabelece idade mínima para a aposentadoria de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) e obriga o trabalhador a contribuir com o INSS por 40 anos para requerer o benefício integral.