Banco do Brasil e Caixa na mira do capital

Na onda de privatizações das estatais brasileiras, um dos motivos principais do golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016, o setor financeiro é o mais cobiçado e rentável. Detém 47% do total de R$ 421 bilhões que se prevê arrecadar com a venda de 277 empresas públicas em níveis federal e estadual.

Estudo feito pela consultoria internacional Roland Berger, para facilitar, claro, a sanha do grande capital internacional sobre as riquezas brasileiras, mostra que somente a venda da Caixa, Banco do Brasil e do BNDESPar, canal acionário do BNDES, representa um valor de R$ 180 bilhões. Se considerar apenas o BB e a Caixa são R$ 117 bilhões.

Os dados servem para esclarecer os motivos de tantos ataques sofridos pelos bancos públicos, e aí pode-se incluir o BNB e o Basa. O governo neoliberal de Michel Temer impõe uma reestruturação baseada em redução do quadro de pessoal, descomissionamentos, achatamento salarial, fechamento de agências entre outras imposições draconianas. Tudo, é claro, a fim de preparar os bancos públicos para a privatização.

A situação requer dos bancários, em particular os funcionários dos bancos públicos, e acima de tudo da sociedade, mobilização e determinação, a fim não apenas de barrar a venda de instituições que desempenham papel social de grande relevância, mas principalmente derrotar o nefasto projeto neoliberal.