Brasileiros sonham com emprego formal

Quem diria que pouco tempo depois de passar um período de crescimento, com geração de emprego, aumento da renda e do poder de compra e redução das desigualdades, o Brasil iria retroceder anos e cair em uma crise que parece não ter fim, pelo menos para o trabalhador que carrega a bomba no colo.

Em média, o desempregado hoje precisa de 14 meses para conseguir uma colocação no mercado de trabalho. E nem sempre isso quer dizer melhoria, já que o emprego informal e sem direitos cresce no país, sobretudo com a reforma trabalhista. Em 2016, a média era de 12 meses.

A pesquisa do SPC Brasil revela que 95% das pessoas sem ocupação pertencem as classes C, D ou E. Uma prova de que a população carente é a que mais sente na pele os reflexos da crise econômica e política.

Os dados mostram ainda que entre os desempregados, 59% são mulheres, com média de 34 anos, 54% têm até o ensino médio completo e 58% têm filhos. Dos que já trabalharam, 34% atuavam no segmento de serviços, 33% no setor de comércio e 14% na indústria. A permanência no último emprego é de dois anos e nove meses, em média.