Acesso à saúde é um privilégio no Brasil

Cuidar da saúde dos brasileiros não é prioridade para o governo Temer. As questões da área são tratadas de forma meramente mercadológica e o SUS é, aos poucos, extinto. Não se leva em consideração se poucos podem pagar plano de saúde, cada dia mais caro e ineficiente. Dados de uma pesquisa revelam. 

Apenas 30% dos brasileiros têm convênio médico. Ou seja, com a drástica redução dos investimentos no Sistema Único de Saúde, 70% contam com a sorte para ter atendimento nas UPAS, PAs e hospitais públicos. As pessoas das classes C, D e E são maioria entre os que não têm plano, 77%. 

A pesquisa do SPC Brasil mostra o quanto o SUS, um dos maiores programas de saúde do mundo, é importante para os brasileiros. Entre os entrevistados sem plano, 44,8% usam o Sistema Único de Saúde, apesar da demora nas filas. Outros 38,5% não souberam dizer com que frequência utilizam. 

O seleto grupo dos brasileiros que têm convênio médico paga caro. A mensalidade custa, em média, R$ 439,54 e 42,2% tiram do próprio bolso. Detalhe, embora desembolsem uma grana, os planos normalmente não cobrem totalmente as despesas necessárias.