Ensino médio na corda bamba. Mais retrocesso

A educação brasileira sofre mais um ataque da equipe de Temer. Após cortar 32% do orçamento para a área neste ano, o governo propõe mudar a forma de ensino. Agora quer que 40% da carga horária total seja realizada a distância, medida que certamente vai piorar a qualidade do ensino, que já é precário.

Caso seja aprovada, os alunos poderão ter até dois dias de aula por semana fora da sala. O texto já foi discutido pelo CNE (Conselho Nacional de Ensino) e caberá a cada escola formatar novo modelo de ensino e escolher qual conteúdo será ministrado a distância.

A intenção é clara. Trabalhar na despolitização da população, impedir que o pobre tenha acesso a uma boa educação, capaz de concorrer em pé de igualdade com as classes mais abastadas. Assim, a desigualdade social se perpetua no país.

Não é de hoje que a educação é ameaçada. Em 2017, houve uma reforma no formato do ensino médio, abrindo brecha para aulas online, possibilidade vetada anteriormente em 2012, quando o CNE (Conselho Nacional do Ensino) recomendou que 20% das aulas fossem a distância. Na época, o MEC (Ministério da Educação) vetou.