Bancário tem de ampliar mobilização por direitos

A participação de forma efetiva dos bancários na luta pela manutenção dos direitos durante a campanha salarial será fundamental no enfrentamento com os bancos. Muitos direitos correm risco e a categoria precisa caminhar lado a lado com as entidades representativas para evitar perdas.

Paralelamente, o trabalhador deve fazer o enfrentamento político à agenda neoliberal imposta pelo governo Temer. Está mais do que claro que o golpe de 2016, que tirou do Palácio do Planalto a presidenta Dilma Rousseff, eleita pelo povo, foi para atender ao projeto do mercado, de retrocessos para toda a nação.

Estas foram algumas definições tomadas pelo Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada nesta terça-feira (20/03), em São Paulo. Os primeiros reflexos da reforma trabalhista na rotina da categoria também foram debatidos. Destaque para as homologações de rescisão de contrato, que os bancos têm feito diretamente com o trabalhador, ou seja, sem o sindicato. A medida facilita os abusos cometidos pelas organizações financeiras.

A contribuição sindical também esteve em pauta. As empresas se recusam a fazer o desconto, mesmo sendo aprovado nas assembleias. Mas, uma Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada na última sexta-feira (16/03), valida as decisões tomadas em assembleias autorizando o desconto em folha. 

O cenário deixa claro que, somente com forte mobilização e participação de todos na campanha salarial e na eleição de outubro, o país poderá avançar, é o que destaca o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, presente na reunião.