Número de obesos estagna, mas ainda preocupa

A explosão dos casos de obesidade começa a desacelerar segundo dados do Ministério da Saúde. De 2015 para 2017, o número perdeu força, mas ainda está bem acima do registrado na última década. No total, 18,9% da população acima dos 18 anos das capitais brasileiras é obesa. 

O índice é 60,2% maior do que o obtido em 2006, quando a primeira pesquisa foi realizada. Naquele ano, 11,8% dos brasileiros adultos estavam com o IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 30.

Há três anos, segundo os dados, 53,9% da população estava acima do peso. No dado mais recente, são 54%. Índice estável. A pessoa que está acima do peso está com o IMC entre 25 e 30. Acima disso, é considerado obeso.

Apesar da estabilidade, algumas medidas são consideradas cruciais, como as mudanças nas regras de rótulos de alimentos, para que a população possa fazer escolhas mais conscientes e políticas que permitam maior acesso a frutas e hortaliças.

O Ministério da Saúde recomenda que se faça o uso de, pelo menos, cinco porções de frutas e hortaliças por semana. O consumo da população de 18 a 24 anos subiu 25%. Mesmo assim, apenas 19,63% consomem esses alimentos com a frequência recomendada. Um fato curioso é que, esse hábito muda ao passar dos anos. Na faixa etária dos 65 anos, 26,9% fazem uso na proporção recomendada.

A população também passou a se exercitar mais, revela o estudo. Houve um aumento de 24% das pessoas que fazem atividade física de forma leve ou moderada.

Outra mudança significativa foi a redução do consumo de refrigerantes e bebidas adoçadas. E por mais que os jovens consumam mais essas bebidas, foram eles os que mais reduziram o uso. Na faixa entre 18 e 24 anos, 22,8% fazem uso regularmente, mas 44,17% apresentaram uma redução do consumo.