Setor de infraestrutura brasileiro está ao léu

As instalações do setor de transporte, energia, telecomunicações e saneamento receberam em 2017 R$ 110,7 bilhões, ou 1,69% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor foi 1,95% em 2016. Neste ano, o investimento fica em 1,7% do PIB.

No entanto, os equipamentos de infraestrutura estão desgastados, em uma taxa estimada de 2,38% do PIB, afirma consultoria do Banco Mundial. Como o desgaste está sendo maior do que a manutenção e construção, as instalações do país perderam o valor. Eram 36,2% do Produto Interno Bruto em 2016 e devem fechar 2018 em 35,6%.

A devastação não corresponde a falta de investimento em tecnologia de ponta, mas sim no básico. No caso do saneamento, por exemplo, universalizar o acesso a água, esgoto e tratamento de esgoto. Inclusive, reduzir o desperdício de água que é absurdamente alto, supera 25% do volume total, enquanto o Japão desperdiça apenas 6%, afirma o economista Cláudio Frischtak. Os efeitos devastadores do golpe e do governo Temer ainda são incalculáveis.

O estudo do Banco Mundial aponta retrocesso de R$ 40 bilhões nos últimos dois anos na infraestrutura brasileira. Rankeando o país atrás da maioria dos países com nível de renda semelhante. É desolador.