Bancos públicos: um elo que não pode partir

Defender os bancos públicos das investidas do capital privado deve ser garantia no plano de governo dos candidatos à presidência da República, à Câmara Federal e Senado. Mas, até o momento, apenas três presidenciáveis declararam a manutenção das estatais em um possível governo: Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (Psol).

Os outros candidatos ignoram a importância das empresas públicas para o desenvolvimento do país. Também não dão a mínima para a opinião popular. Quase 70% dos brasileiros vêem mais prejuízos do que benefícios nas privatizações, afirma levantamento Datafolha.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), os valores desembolsados pela Caixa para financiamento habitacional do Minha Casa Minha Vida durante o governo Temer caíram 83%, passando de R$ 20,7 bilhões, em 2015, para R$ 3,6 bilhões no ano passado.

Para 2018, os valores efetivamente pagos até o momento somam apenas R$ 400 milhões. Não proteger a Caixa é esquecer dos pobres. Além do programa habitacional de maior sucesso mundial, o Bolsa Família, copiado por mais de 50 países, tem tido forte redução desde o golpe: mais de 326 mil famílias deixaram de receber o auxílio.