Passeata contra a reforma no Centro de Salvador 

Campo Grande, sexta-feira à tarde. Tudo parado. A tranqüilidade que fazia lembrar até um domingo monótono começou a ser quebrada a partir das 14h, com o crescente vai e vem de gente que passou a se concentrar nas imediações do Teatro Castro Alves. Em pouco mais de 1 hora já era uma multidão. A praça rapidamente ficou lotada.

Milhares de homens e mulheres, jovens, estudantes e até famílias, pessoas das mais variadas camadas sociais exibiam faixas, cartazes, improvisavam inscrições nas roupas, nas partes do corpo, enfim tudo era válido para  protestar contra o governo Bolsonaro.

A defesa da Previdência pública e da educação eram os temas centrais, mas os manifestantes aproveitaram para demonstrar muitas outras indignações aos abusos cometidos pelo governo, que tem insistido em uma política que corta direitos civis e trabalhistas, além de restringir as liberdades. Muita revolta também com o escândalo da Lava Jato, que revelou a conspiração para prender Lula e manipular o resultado da eleição presidencial.

O clima era de indignação, revolta e orgulho pelo crescimento da mobilização popular. A passeata saiu do Campo Grande, levando protestos e animação às ruas desertas da Cidade Alta, em uma espécie de saudação ao sucesso da primeira greve geral contra o governo antipopular e antidemocrático de Bolsonaro e a extrema direita.