Redução de crédito aumenta a desigualdade

Os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Por isto, não podem reduzir o crédito para a parcela da população mais carente.   Os dados do Banco Central preocupam. O saldo das operações de crédito das estatais chegou a R$ 1,643 trilhão, enquanto o dos privados (nacionais e estrangeiras) foi de R$ 1,644 trilhão.  


Também houve queda de 6,6% na carteira dos bancos públicos em três anos. A modalidade representava 30,2% do PIB em janeiro de 2016 e em maio passado alcançou apenas 23,6%. 
 

Como é de conhecimento geral, as empresas privadas não estão preocupadas com o desenvolvimento do país e se interessam apenas com lucro. Regiões mais desenvolvidas, como Sul e Sudeste, e grandes empresas são sempre as privilegiadas com os investimentos. 
 

Fica a cargo dos públicos dar atenção à população de baixa renda na conquista da casa própria, às regiões Nordeste e Norte, em programas de microcrédito produtivo orientado e de crédito agrícola.
 

Sete de cada 10 financiamentos imobiliários são de responsabilidade da Caixa. Em janeiro, dados do BC mostraram que 86% do crédito imobiliário em Teresina (PI) são concedidos pela Caixa, 12,3% pelo BB e 1,6% pelo BNB. Já 78,5% do crédito agropecuário são dados pelo BB na capital piauiense, 16,5% pelo BNB e 2,8% pela Caixa.