Caos nas agências dos bancos públicos do interior

O desmonte dos bancos públicos avança, piorando a situação nas agências, principalmente do interior. Nas unidades falta tudo, até funcionários para prestar atendimento. Exemplos têm de sobra, como as unidades do BB e da Caixa da região Sisaleira e da Bacia do Jacuípe, na Bahia.  


Sem bancário para atender a demanda, o caos é rotina. É comum o cliente passar boa parte do dia nas unidades. Às vezes, para resolver questões simples. Os bancários também sentem. A sobrecarga, a pressão e o assédio moral têm reflexos na saúde e muitos têm de se afastar.


O BB de Valente, por exemplo, conta com apenas dois funcionários. Detalhe: segundo estimativa do IBGE, a cidade tem 28.130 habitantes. A situação não muda em Queimado e Santa Luz.


Na Caixa, além do número reduzido de empregados, falta tesoureiro nas agências do interior. Sem profissional para realizar as atividades, caixas, gerentes e técnicos bancários se dividem no trabalho. Mas, outra preocupação tira o sono dos bancários. O saque do FGTS, que vai aumentar a demanda.


A situação caótica foi constatada pelos diretores do Sindicato, Júlio Carlos Santana e Álvaro Queiros. O descaso com o trabalho do bancário tem levado muitos empregados a aderirem ao PDV. O Programa de Desligamento Voluntário acaba sendo a saída de uma rotina estressante. 


Muitas agências estão sendo transformadas em postos de atendimentos, fragilizando ainda mais a segurança de clientes e bancários.