Milhares em defesa da educação e da aposentadoria

Estudantes e trabalhadores de diversas categorias, inclusive os bancários, se uniram e lotaram as ruas do Brasil, nesta terça-feira (13/08), contra os cortes do governo no orçamento da Educação, contra o projeto "Future-se" e em defesa da aposentadoria. Saindo do Campo Grande em direção a praça Castro Alves, cerca de 70 mil pessoas mostraram força em Salvador.


Os prejuízos oriundos dos cortes são inúmeros. As universidades e institutos federais perderam em torno de R$ 6,1 bilhões com o contingenciamento do governo. Mais de 1,3 milhão de estudantes de graduação e 200 mil mestrando e doutorandos são prejudicados. Não é só isso. A medida ameaça cerca de 400 mil vagas e mais de 5 mil cursos em 298 municípios. No país, 95% das pesquisas são realizadas em universidades públicas.


O MEC (Ministério da Educação) bloqueou, na semana passada, R$ 348,4 milhões. Os recursos deveriam ser aplicados na produção, aquisição, distribuição de livros e de materiais didáticos e pedagógicos da educação básica.


Além disso, o real objetivo do Future-se é privatizar o ensino superior público  para atrair investimentos para a universidades e institutos através da iniciativa privada. O projeto, lançado em julho, propõe flexibilização completa e absoluta do regime jurídico administrativo para as universidades e a retirada da autonomia universitária. Absurdo. 


Aposentadoria
A reforma da Previdência foi aprovada, em segundo turno, na semana passada pela Câmara Federal e agora será apreciada pelo Senado. A proposta prevê a obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria, que passa a ser de 65 anos para os homens e 62 para mulheres. O trabalhador ainda terá de contribuir por 40 anos para receber 100% do benefício. 


Além do corte da educação, o governo Bolsonaro quer estabelecer uma nova reforma trabalhista com a MP 881. Foi o que destacou o presidente do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos. "A MP não tem nada de liberdade econômica. O governo quer instituir o trabalho aos sábados, domingos, feriados, sem pagamento de horas extras e suspender acordos e convenções coletivas de trabalho".