Bancos eliminaram 62,7 mil postos desde 2013

Para os bancos não há crise. A cada ano, o lucro cresce. No primeiro semestre de 2019, o balanço das quatro maiores organizações financeiras chegou a R$ 43 bilhões. Embora ganhem como nunca, diminuem drasticamente o quadro de pessoal. Um caminho que ajuda a piorar o cenário nacional. Desde 2013, foram eliminados 62,7 mil postos de trabalho. 


As demissões ganharam força em 2016, com a consolidação do golpe jurídico-midiático-parlamentar. De lá para cá, 43,4 mil vagas foram fechadas e os bancos públicos são responsáveis por boa parte, aponta pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).


A tática das empresas é boa. Lançam programas de demissão voluntária e, muitas vezes, pressionam pela adesão. Para se ter ideia, no fim de 2016, o Banco do Brasil perdeu 9.406 funcionários por meio de um PDV. Em julho deste ano, a direção do BB anunciou a extinção de mais 2,3 mil vagas.


No entanto, é a Caixa que mais reduz o quadro. Entre 2015 e 2018, a instituição financeira perdeu 14.369 empregados. Agora, está prestes a diminuir mais, com o lançamento de um programa de demissão, cujo objetivo é desligar até 3,5 mil bancários.


O Itaú segue a mesma onda. No mesmo dia que anunciou lucro líquido de R$ 13,9 bilhões nos seis primeiros meses de 2019, o maior banco privado do país abriu um PDV com meta de adesão de 6.900 funcionários. Detalhe: nos últimos 12 meses já foram fechados 983 postos de trabalho.


O Bradesco também reduziu o quadro através de um programa de demissão, lançado em 2017. Naquele ano, a empresa eliminou 7.400 vagas.