Pesquisa alerta para aumento de casos de suicídio 

Os dados de adoecimento mental dentro da categoria bancária têm aumentado consideravelmente. O assédio moral resultado da política de reestruturações praticada pelos bancos tem culminado em suicídios, se tornando uma tragédia anunciada. De acordo com pesquisa da UnB (Universidade de Brasília), 181 bancários cometeram suicídio entre 1996 e 2005. Média de uma morte a cada 20 dias. 


Se os dados de 14 anos atrás já eram estarrecedores, o cenário atual não é nada otimista. A estimativa da Associação Brasileira de Psiquiatria é de que até 2020 o aumento pode crescer 50% em todo o mundo. A taxa é maior do que homicídio e guerra combinados.


Na oitava posição em número de suicídios, o Brasil registra 30 ocorrências por dia. Outro número alarmante é que ocorrem 11 tentativas não consumadas, somando 4 milhões de casos anualmente. Infelizmente, 20% não buscaram ajuda especializada ou tratamento, levando a repetirem a tentativa em um ano.


Na categoria bancária, as ocorrências têm se intensificado. Segundo o Observatório do Participante, os casos são fruto da reestruturação produtiva e do novo perfil do trabalho bancário, cada vez mais estressante. 
As metas inatingíveis favorecem somente os lucros bancários, mas geram o sentimento de insegurança, além do medo e a solidão. É necessário repensar todo o sistema dos bancos, a fim de preservar a saúde mental dos trabalhadores.