Com crise, maioria das categorias fica sem reajuste 

Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, muitos trabalhadores não tiveram reajuste salarial. De acordo com os dados do Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). No ano passado, a proporção ficou em 49,4% de correções acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).


O patamar despencou na comparação com o ano anterior, em 2018, quando foi registrado o índice de 75,5%. A justificativa se dá à aceleração do indicador na passagem de um ano a outro. A previsão para este ano é a permanência da dificuldade de obter reajustes maiores do que a inflação.


Apesar dos dados, vale ressaltar que os bancários, diferentemente da maioria das categorias, tiveram dois anos consecutivos de aumento real, fruto da Convenção Coletiva de Trabalho, assinada em 2018, com validade de dois anos. 


Os banqueiros e o governo impuseram dificuldades na campanha salarial, mas a força da mobilização e a estratégia adotada pelo Comando Nacional foram capazes de dobrar os patrões e garantiram ganho real para a categoria.