Descaso total com os clientes no Bradesco

A batalha judicial em Ubatã começou quando o Bradesco anunciou o fechamento da única unidade do município. A prefeitura local ingressou com ação e a Justiça expediu liminar com a garantia do funcionamento e com regras claras.

Por Camilly Oliveira

Além de ganancioso, o Bradesco mente. Na cara dura. No mesmo dia em que garantiu ao Sindicato respeito à liminar que impede o fechamento da unidade de Ubatã, a direção do banco ajuizou um agravo de instrumento para derrubar a decisão judicial e seguir com os planos.

 

A informação deixou todos indignados. A população está incrédula. O encerramento das atividades da agência, previsto para 24 de maio, causa prejuízo para mais de 12 mil clientes e ainda ao comércio local. A cidade conta com apenas duas unidades bancárias – uma do Bradesco e outra do BB.

 

O Sindicato vai cobrar explicações. Não dá para a empresa, segunda maior do sistema financeiro, que no ano passado lucrou R$ 16,3 bilhões, prejudicar toda uma população e ficar por isso mesmo. Os bancos, enquanto segmento decisivo para a vida do brasileiro, precisam ter responsabilidade social, o que não têm demonstrado nos últimos anos.

 

O caso

 

A batalha judicial em Ubatã começou quando o Bradesco anunciou o fechamento da única unidade do município. A prefeitura local ingressou com ação e a Justiça expediu liminar com a garantia do funcionamento e com regras claras.

 

Pela determinação, o Bradesco não pode encerrar as atividades pelos próximos 180 dias, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Também deve elaborar um Plano de Transição, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. As medidas visam proteger os interesses da comunidade e dos trabalhadores, para garantir um mínimo de segurança financeira.