Bolsa Família muda a primeira infância

Muito criticado pelo projeto ultraliberal que imperava no país nos últimos seis anos, o Bolsa Família prova com números que é uma decisão acertada para reduzir as desigualdades sociais e dar esperança ao povo brasileiro. O programa é responsável pela diminuição da pobreza na primeira infância. 

Por Ana Beatriz Leal

Muito criticado pelo projeto ultraliberal que imperava no país nos últimos seis anos, o Bolsa Família prova com números que é uma decisão acertada para reduzir as desigualdades sociais e dar esperança ao povo brasileiro. O programa é responsável pela diminuição da pobreza na primeira infância. 
 

O Brasil tem hoje 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Do total, cerca de 670 mil (6,7%) encontram-se em situação de extrema pobreza, ou seja, renda mensal familiar per capita de até R$ 218,00.
 

O número poderia ser ainda maior - 8,1 milhões ou 81% - sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. A conclusão está no estudo pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
 

Segundo a pesquisa, 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83%, o Bolsa Família é o principal meio para o sustento do lar. 
 

Resquício da sociedade machista e patriarcal, aproximadamente três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. Em relação ao perfil dos jovens, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.