MP que ampliava saque do FGTS foi retirada da pauta

A Medida Provisória 946/2020, que ampliava a possibilidade de saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) no período de pandemia de Covid-19, foi retirada da pauta da Câmara Federal a pedida do governo.
 

A população segue sofrendo os efeitos da crise e com a confusão de Bolsonaro que, mais uma vez, deixa claro a falta de políticas para retirar o país desta situação. Primeiro solicitou a liberação dos saques, depois volta atrás e apresenta um requerimento para impedir. A Câmara deve votar um projeto de lei até o dia 12.
 

Lógico que existe uma preocupação com a capacidade do Fundo, mas, por outro lado, muitos brasileiros estão desempregados precisando do dinheiro. Por isso, deputados de oposição apontam a importância de discutir sobre a recomposição do benefício para manter as políticas sociais financiadas pelo FGTS. 


Caso as alterações feitas pela Câmara e Senado sejam aprovadas, a medida causaria um impacto de cerca de R$ 100 bilhões ao Fundo, que é responsável por setores essenciais da economia. A MP também previa a extinção do PIS/PASEP e a transferência do patrimônio, em torno de R$ 21 bilhões, para o FGTS. 
 

Atualmente, o Fundo garante a criação de 500 mil empregos diretos e mais 1,5 milhão de postos de trabalho em toda cadeia produtiva da construção, além da contratação de mais de 500 mil unidades habitacionais. Ainda assegura o benefício a mais de 11 milhões de habitantes, com investimentos em infraestrutura urbana e saneamento básico.