Bancários cobram garantia de emprego nesta quinta

A garantia do emprego é uma das prioridades da minuta de reivindicações dos bancários. O assunto é pauta da segunda negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), nesta quinta-feira (06/08), às 14h. E os bancos não têm desculpa para negar. Somente no primeiro trimestre deste ano, os cinco gigantes do sistema financeiro (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e Santander) lucraram R$ 18 bilhões. O setor chega a destoar dos demais em tempos de crise. 

Para completar, o governo Bolsonaro deu uma ajuda e tanto. Os bancos receberam aporte de R$ 1,2 trilhão. Apesar dos cofres abarrotados, mesmo em meio à pandemia, têm demitido. Logo no começo da quarentena, Santander, Bradesco e Itaú se comprometeram na mesa de negociações a não demitir. Mas, tudo ficou só na promessa.

O Santander, por exemplo, descumpriu o acordo e demitiu cerca de 700 bancários na pandemia. No Mercantil do Brasil, foram mais de 60 trabalhadores dispensados. O clima na categoria, claro, é de apreensão. 

Pesquisa realizada em julho pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas) revela que, entre os bancários que estão em trabalho remoto, 54,3% têm medo de demissão, serem esquecidos pelas chefias e perderem oportunidades profissionais.