BB esconde lucro com alta das reservas para calotes

O BB alcançou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre de 2020. A queda de 21,9% na comparação com os seis primeiros meses de 2019 é justificada pelo aumento das reservas contra calotes. Assim como outros bancos, a empresa escondeu a real lucratividade com as provisões para justificar fechamento de agências e de postos de trabalho. 


A PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) teve alta de 42,4% e foi para R$ 5,9 bilhões somente no segundo trimestre deste ano. Isto resultou em um lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões, com redução de 25,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O recuo foi de 2,5%, se comparado aos primeiros três meses de 2020. 


O Banco do Brasil já tinha aumentado as provisões em 63,3%, para R$ 5,5 bilhões, o que motivou a lucratividade do período de R$ 3,4 bilhões. Uma redução de 20,1% na mesma relação.


Durante a pandemia causada pelo coronavírus, muitas empresas fecharam no país. Mas, no setor financeiro, isto não é um problema. Mesmo na crise, o BB, obteve rendimento de R$ 6,9657 bilhões no trimestre encerrado em junho com receitas de tarifa e prestação de serviços. As despesas administrativas totalizaram R$ 7,850 bilhões, uma alta de 2,6%.


Apesar de ter apresentado queda no retorno sobre o patrimônio líquido, ao atingir 11,9% no período entre abril e junho, o Banco do Brasil os acionistas vão receber R$ 1,257 bilhão em remuneração sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP) relativos ao primeiro semestre de 2020.