Caixa recua sobre volta ao trabalho presencial

Os empregados da Caixa que pertencem ao grupo de risco e os que moram com pessoas nesta condição vão continuar em trabalho remoto. A direção do banco assumiu o compromisso depois de cobrada pela CEE (Comissão Executiva dos Empregados), antes de iniciar a primeira negociação específica da campanha salarial, realizada nesta sexta-feira (07/08), por videoconferência.


Ainda, segundo a empresa, em breve será criado um canal direto para que os empregados denunciem de forma anônima onde os protocolos não são cumpridos. Desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus e a necessidade de distanciamento social que parte dos bancários trabalha de casa. A conquista veio depois de cobrança do Comando Nacional. Mas, nas últimas semanas, a Caixa ameaçava o retorno em massa, inclusive dos empregados do grupo de risco.


O recuo é, sem dúvidas, importante, aponta o secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza. No entanto, outras cobranças continuam indefinidas. É o caso dos trabalhadores com filhos pequenos. Segundo a direção da Caixa, cada caso deve ser tratado com os gestores das unidades.


A CEE ainda apresentou a pesquisa feita pelo Dieese com 11 mil bancários sobre o teletrabalho e o banco expôs um projeto sobre o assunto que, segundo informações passadas aos bancários, já existia antes da pandemia. A direção da Caixa ficou de analisar o que pode ser reformulado em cláusulas do acordo coletivo, já que há pontos convergentes. 


Saúde e condições de trabalho, que estão ligados ao trabalho remoto, entram na pauta da segunda rodada de negociação, marcada para quarta-feira (12/08).