Quinta-feira tem negociação sobre igualdade

Nos bancos, as mulheres ainda são preteridas na hora das promoções e ganham menos do que os homens, mesmo em cargos hierárquicos equivalentes. As distorções precisam ser corrigidas. Por isso, nesta quinta-feira (13/08), às 11h, o Comando Nacional dos Bancários negocia com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) igualdade de oportunidades. 


A categoria reivindica a manutenção de todos os direitos já assegurados da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho); a equiparação salarial entre homens e mulheres; além da igualdade de oportunidades entre os candidatos a cargos na estrutura hierárquica e administrativa da empresa.

 

Os bancários também querem que todo trabalho de mesmo valor, prestado ao mesmo empregador, corresponda a igual salário sem distinção de raça, cor, gênero, idade e orientação sexual (LGBTQIA+).


O combate à discriminação racial é outra demanda. Os bancos têm de ampliar o quadro de pessoal com a contratação de, no mínimo, 20% de negros, sendo de pele preta. Segundo o censo da diversidade bancária, pessoas pretas representam apenas 3,4% do total. Enquanto as pardas, 21,3%. 


Quando observada a questão de raça/cor, as mulheres negras são ainda mais prejudicadas. Elas ganham salários que correspondem a somente 68,2% do recebido por homens brancos nos bancos.


Na categoria, as bancárias representam 48,8% do total de empregados. As profissionais ganham, em média, R$ 7.305,00. O valor é 21,75% menor do que a remuneração média dos homens, que é de R$ 9.335,00.


Nos bancos, 44,7% das mulheres estão na base da pirâmide das carreiras na categoria “Operacional/Administrativo”. Entre os homens, o índice é 36,1%. Em contrapartida, 22,5% dos bancários estão em posições de gerência, superintendência ou direção. Já as bancárias, apenas 14,8%.