Luta por melhores condições de trabalho na Caixa

Melhores condições de trabalho para os trabalhadores da Caixa durante a pandemia de Covid-19 e para o futuro foram as principais reivindicações da CEE (Comissão Executiva dos Empregados) na segunda rodada de negociação com a direção do banco, nesta quarta-feira (12/08). A reunião acabou sem muitos avanços, mas a CEE espera que a empresa traga respostas positivas para as demandas na próxima rodada, agendada para segunda-feira (17/08). 


Sem discutir nada com os sindicatos, a instituição financeira abrandou os protocolos de segurança, diminuindo a proteção dos funcionários. Muitos bancários têm adoecido por conta da cobrança de metas, apesar da quantidade de atendimentos nas agências em decorrência do pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios. 


A CEE questionou os descomissionamentos arbitrários e tratou sobre o home office para os casos de pais com filhos menores de idade. Sobre as horas extras, a direção do banco informou que não há limitador para o pagamento. 


O cumprimento do rodízio das agências, ação fundamental para que os empregados não fiquem ainda mais sobrecarregados e diminuam as chances de contaminação, foi outro assunto discutido. Foi reivindicado o retorno do horário de atendimento normal, porque a jornada tem sido extrapolada. 


Outra solicitação é a contratação de mais bancários para auxiliar na distribuição de tarefas e aliviar a sobrecarga, o que influencia diretamente na saúde dos funcionários. Mais de 35 mil empregados estão em trabalho remoto hoje. Quer dizer, que menos de 50% dos trabalhadores estão em isolamento social. 


Por isso, a Comissão pediu que o quadro seja ampliado com a definição de diretrizes pelas VPs, pois a falta de padronização gera estresse e conflitos entre os trabalhadores e os gestores. A CEE cobrou que o retorno presencial seja negociado com o movimento sindical de uma forma planejada para assegurar a proteção de todos. 


Saúde Caixa
Preocupada, a CEE também cobrou a realização da mesa de negociação específica sobre o Saúde Caixa, que vem sendo atacado pelo governo. A inclusão de todos os empregados e a manutenção do atual custeio são as principais reivindicações, mas a Caixa ainda não definiu a data da reunião sobre o plano.