Crise da Covid-19 cria novo grupo de vulneráveis

A desigualdade no mercado de trabalho no Brasil tanto entre homens e mulheres, quanto entre brancos e pretos, deve aumentar com a crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus. É o que aponta o estudo realizado pela Rede de Pesquisa Solidária. 


A pesquisa ainda faz um alerta para um novo grupo de vulneráveis criados pela crise sanitária. São homens e mulheres com o ensino superior que nunca tiveram de se preocupar com a estabilidade do emprego e da renda. Entre as atividades destes trabalhadores classificadas como não essenciais estão professores de instituições privadas, comerciantes de vestuário, calçados, artigos de viagem, atividades jurídicas, de contabilidade e auditorias.  


O estudo estima que a cada 10 trabalhadores no país, oito se encontram atualmente com algum grau de risco de perda de renda e trabalho. Mas, na prática, os "tradicionalmente vulneráveis" continuam sofrendo mais do que os novos vulneráveis. Muitos perderam toda a renda e até hoje estão sem o auxílio emergencial.