Força dos trabalhadores dá resultado nas negociações

Em meio a conjuntura atual de ataques aos direitos promovido pelo governo Bolsonaro, a força da mobilização dos trabalhadores tem sido essencial na conquista em negociações salariais. 


De acordo com o Dieese, a maioria das campanhas tiveram reajuste iguais ou superiores à variação acumulada do INPC-IBGE. Cerca de 43% das negociações resultaram em um aumento real acima da inflação e 29% corresponderam a variação do INPC. As outras 28% tiveram perdas. 


A pesquisa inclui quase cinco mil reajustes salariais com categorias, cuja data-base vai de janeiro até agosto. O melhor resultado foi registrado em junho, com 53% dos reajustes acima da inflação e só 14% abaixo.

 
Um grande exemplo de mobilização foi a Campanha Nacional dos bancários deste ano. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a participação dos empregados aconteceu toda de forma virtual. A força da categoria rendeu, após 14 rodadas de negociações com os bancos, a manutenção de todos direitos da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), reajuste de 1,5% para salários, com abono de R$ 2 mil e reposição da inflação para demais verbas.