Muitos jovens sem trabalhar e sem estudar no país

A coleção de situações indesejáveis só aumenta no Brasil e o governo não adota medidas efetivas que amenizem os prejuízos da crise sanitária. O levantamento da FGV Social mostra que o número de jovens que não estudam nem trabalham, os chamados nem-nem, atingiu nível recorde com a pandemia do novo coronavírus. 


A população com idade entre 20 e 24 anos nesta situação cresceu de 28,6% para 35,2%, entre o último trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2020. Enquanto na faixa etária entre 25 e 29 anos, o percentual de jovens nem-nem saiu de 25,5% para 33%, no mesmo período. 


A parcela de estudantes não teve redução, mas, por outro lado, o desemprego alavancou. A proporção de jovens de 25 a 29 anos empregados caiu de 70,5% para 60,9%. O mercado de trabalho exclui a juventude, principalmente os que estão se formando, o que reforça a desigualdade e aumenta a informalidade.