Bancário demitido na pandemia pode ser reintegrado

Boa notícia para os bancários demitidos durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. A Justiça do Trabalho tem concedido liminares para a reintegração dos empregados aos postos de trabalho usando como principal argumento o compromisso público firmado pelos maiores bancos privados do país de evitar demissões na crise sanitária. 


Neste ano, foram distribuídos 11.087 processos trabalhistas relacionados à pandemia e reintegração, sendo que 417 foram contra o Santander, 283 contra o Bradesco e outras 177 contra o Itaú.


Somente o banco espanhol, demitiu mais de 1,2 mil funcionários desde o mês de junho. No caso do Itaú, maior banco privado em atividade no Brasil, demitiu cerca de 600 até agora. Só em outubro, o Bradesco teria desligado 566, totalizando mais de 1 mil demissões. Os números podem ser ainda maiores, já que nem todos os desligamentos são homologados pelos sindicatos desde que a reforma trabalhista entrou em vigor, em 2017. 


Vale destacar que os processos pela reintegração dos trabalhadores se baseiam no compromisso assumido pelos três maiores bancos do país de não cortar o quadro de pessoal durante a pandemia. Não só nos meios de comunicação, como nos informes aos acionistas, gerando obrigação com os funcionários. 

O Sindicato da Bahia orienta que os bancários demitidos procurem o Departamento Jurídico da entidade caso queiram ajuizar ação. É necessário recolher documentos (comunicados) produzidos pelos bancos e pelo movimento sindical.