COE Bradesco discute estratégias contra as demissões

Desde o dia 28 de setembro, pelo menos, 1.224 trabalhadores foram demitidos no Bradesco. É o que calcula a COE, com base nos relatos da representação dos trabalhadores em todo o Brasil. O número pode ser ainda mais alto, sobretudo, porque o banco não acena para o freio nos desligamentos. 


Para discutir as demissões, a Comissão de Organização dos Empregados se reuniu por videoconferência, nesta quinta-feira (22/10). Além de desconsiderar o momento complicado em função da pandemia de Covid-19, o banco tem demitido os trabalhadores por telefone, desrespeitando funcionários acometidos por doenças, hospitalizados, com estabilidades e, até mesmo, grávidas. 


Diante da complicada situação, a COE decidiu por aderir à campanha nacional contra as demissões nos bancos privados. O objetivo é denunciar o descumprimento do compromisso assumido pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, de não realizar demissões durante a pandemia.


Apesar de lucrativo, o setor bancário passa a navalha no emprego. Somente este ano, mais de 12 mil trabalhadores este ano. De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, foram 12.794 demissões, contra 11.405 admissões, saldo negativo de 1.389 postos de trabalho fechados. 


Os números comprovam que o ritmo das demissões acelerou. Em junho, foram 1.363 dispensas. Os desligamentos subiram para 1.634 em julho e 1.841 em agosto.


Tuitaço


O movimento sindical realiza, nesta sexta-feira (23/10), às 11h um tuitaço contra as demissões nos bancos. As postagem devem conter a hashtag #QuemLucraNãoDemite.