Demissões nos bancos resultam em agências cheias

Diante da falta de responsabilidade e sensibilidade dos bancos privados ao promover milhares de demissões em plena pandemia de Covid-19, as agências estão registrando superlotação de clientes e longas filas. Mais de 12 mil bancários já foram demitidos somente neste ano. 


Apenas no Bradesco, mais de 2.500 pais e mães de famílias foram dispensados. A falta de funcionários tem deixado as unidades lotadas todos os dias do mês, diferentemente do que a população está acostumada. Normalmente, o movimento com maior número de correntistas é no início e final do mês.

 

Sem esquecer do fechamento de agências do banco, que prevê encerrar as atividades de 1.100 unidades pelo país até o final deste ano. No início de novembro, o Sindicato dos Bancários da Bahia recebeu denúncia de que como algumas já foram fechadas, como é o caso da localizada nas Mercês, a situação da agência da avenida Sete de Setembro, no centro de Salvador, era caótica.


Os três maiores bancos privados em atividade no país – Itaú, Santander e Bradesco – lucraram mais de R$ 35 bilhões entre janeiro e setembro. Ainda receberam ajuda de R$ 1,2 bilhão do governo no início da pandemia. No entanto, insistem em contribuir para o aumento do desemprego, que geram aglomerações nas agências, aumentando a possibilidade de contágio de Covid-19 para os funcionários e clientes.