Todos de preto na luta contra o desmonte no Banco do Brasil

De preto, os funcionários do Banco do Brasil estão mobilizados em todos os locais de trabalho contra o desmonte da instituição financeira que está nos planos do governo Bolsonaro. Nesta sexta-feira (15/01), os protestos tomam conta de todo o país na luta para barrar as demissões, o descomissionamento de milhares de funcionários e a extinção dos caixas executivos, além do fechamento de agências da instituição financeira.

 

A manifestação do Sindicato dos Bancários da Bahia contra a reestruturação do Banco do Brasil foi no início da manhã na Superintendência da empresa em Salvador. Logo no início do protesto, funcionários, clientes e as pessoas que passavam no local foram alertadas para o perigo que o BB, o banco do financiamento à agricultura, esporte, cultura e de outras áreas sociais, está correndo. Infelizmente, a empresa encontra-se ameaçada pelo governo Bolsonaro, que lançou no ano passado um pacote de maldades.


“Neste ano, em uma reprise insensata lança novamente uma reestruturação, em janeiro, achando que não haveria resistência. Mas, estamos aqui e de pé para dizer que não aceitamos o corte de 5 mil empregos dessa empresa que tem caráter estratégico, e, ao mesmo tempo o governo pretende vender áreas importantíssimas do banco”, reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos. 


O desmonte do BB é injustificável. O crescimento do banco, em termos normais, foi de 122% no lucro líquido de 2016 a 2019. Também apresentou alta de 22% na receita de tarifas no mesmo período. Apesar disso, o quadro de funcionários é cada vez mais reduzido. Passou de 109.864 para 92.106 entre 2016 até o terceiro trimestre de 2020. Uma redução relativa de 16%. A quantidade de agências também caiu e foi de 5.428 para 4.370. Queda de 19%.


 Reestruturação
O Banco do Brasil é uma instituição sólida, mas a agenda de desmonte segue a todo vapor. Na reestruturação anunciada nesta semana, a direção da empresa informou o fechamento de 361 unidades - 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento - no primeiro semestre deste ano.  Ainda abriu um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária), que prevê a adesão de cerca de 5 mil funcionários. Retrocesso para o desenvolvimento social do país.