Auxílio emergencial não paga nem a cesta básica

A cesta básica mais barata do país foi registrada em Salvador e custa R$ 461,28, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Portanto, uma pessoa que recebe o valor máximo do novo auxílio emergencial, R$ 375,00, não consegue bancar os gastos mínimo com alimentação para sobreviver. Independentemente de região.  


A política econômica ultraliberal do governo Bolsonaro faz os brasileiros sentirem o peso no bolso. Paralelamente, ainda precisam lidar com os prejuízos causados pela pandemia do coronavírus. Embora a inflação da cesta de alimentos tenha sido superior a 20% em um ano, o governo federal "não move uma palha" para ajudar a nação. Pelo contrário. 


Aumenta o preço dos combustíveis, que também impacta no valor final dos produtos. Em apenas três meses de 2021, a gasolina subiu seis vezes. O botijão de gás também aumentou e em algumas regiões o cidadão tem de desembolsar até R$ 120,00. 


Em contrapartida, alguns setores lucram como nunca com a política ultraliberal de Bolsonaro. É o caso do agronegócio que exporta boa parte da produção, pressionando o preço dos alimentos para cima. Outros produtos, como o feijão, passaram a ser importados, o que também contribui para a alta.


Tem ainda o setor bancário, o mais lucrativo da economia nacional. No ano passado, enquanto milhões de pessoas perdiam boa parte da renda, os bancos obtiveram lucro líquido de R$ 79 bilhões. O dinheiro, no entanto, vai só para o bolso dos banqueiros, porque a maioria das empresas que precisaram de crédito para passar a crise sanitária, ficou a ver navios.