Inflação para os idosos acumula alta de 6,2% 

Já se foi o tempo em que o brasileiro podia sonhar com uma aposentadoria estável e dias tranquilos. No Brasil atual, não dá. O IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade) não para de subir e fechou março com alta acumulada de 6,2% em 12 meses. 


A taxa é maior do que o IPC-Br que ficou em 6,1% no mesmo período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas). O IPC-3i mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos. Já o IPC-Br analisa a inflação das famílias para todas as faixas de idade.


Na passagem do quarto trimestre de 2020 para os três primeiros meses deste ano, o IPC-3i teve recuo de 1,27 ponto percentual, de 2,81% para 1,54%. De acordo com o Instituto, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram crescimento na variação. 


É o caso do grupo de transporte, que saiu de 2,23% para 7,16%. Saúde e cuidados pessoais pulou de 0,39% para 1,24%, despesas diversas que passou de 0,45% para 0,88% e vestuário de 0,54% para 0,63%. Nestas classes de despesa, houve influência da gasolina cuja variação cresceu de 3,4% para 21,84%, médico, dentista e outros de 0,09% para 2,05%.