Paralisação no Itaú contra assédio, por emprego e vacina

Às custas do adoecimento dos funcionários, o Itaú, uma das mais rentáveis empresas da América Latina, está turbinando o lucro. No primeiro trimestre deste ano, lucrou R$ 6,4 bilhões. Mas, a realidade dos trabalhadores é de assédio moral, que desencadeia em síndrome do pânico, depressão e síndrome de burnout. Para completar, muitos empregados que adoeceram foram demitidos.


Contra o descaso da empresa, o Sindicato dos Bancários da Bahia paralisou as atividades da agência de Paripe, no Subúrbio Ferroviário, nesta quinta-feira (13/05). Apenas os caixas eletrônicos estão funcionando.


O desrespeito com os clientes é tão grande que na região, com mais de 600 mil pessoas, tem apenas uma unidade. A outra, de Caminho de Areia, foi fechada  há alguns anos. 


O presidente do SBBA, Augusto Vasconcelos, denunciou a política perversa praticada pelo banco. "Quando o funcionário se lesiona, adoece, o Itaú demite". Falou ainda sobre a pressão por metas. "Se o bancário não bater a meta, é ameaçado de demissão". Os empregados não aguentam mais.


Os diretores reforçaram que bancários e vigilantes não pararam desde o início da pandemia e muitos já morreram. No Estado, 22 bancários perderam a vida para a Covid-19 e mais de 30% testaram positivo. O Sindicato da Bahia está mobilizado com outras entidades do país para cobrar a inclusão dos trabalhadores das agências no grupo prioritário da vacinação.